Família denuncia que estudante com microcefalia foi agredido dentro de banheiro
A família de um aluno de 11 anos denunciou que o garoto foi estuprado por dois estudantes de 11 e 12 anos no banheiro de uma escola no Conjunto Jatobá. Ainda segundo a família, o crime foi no dia 13 de setembro. Logo após o estupro, a criança teria sido espancada até ficar desacordada. O menino contou para a mãe o ocorrido dias depois e disse que estava com medo de sofrer novas agressões.
A criança foi levada pela família para o Hospital Júlia Kubitschek, no bairro Milionários, que atende vítimas de violência sexual. Documentos do hospital informaram que o garoto vai receber acompanhamento ambulatorial por causa do ocorrido e também encaminhou o pai e a vítima para o Conselho Tutelar. O material colhido no hospital foi encaminhado ao IML para constatar ou não o abuso. O resultado ainda não saiu.
A família denunciou também que não recebeu apoio da escola. “Disseram que não poderiam tomar nenhuma atitude e que o Conselho Tutelar que pode resolver”, contou uma familiar. Ela disse ainda que a Guarda Municipal foi acionada para a escola. Um registro teria sido feito, mas a família não teve acesso ao documento.
O caso teria sido comunicado à escola na última sexta-feira (20 de setembro) e a Polícia Militar foi acionada nesta segunda-feira (23 de setembro). No boletim de ocorrência consta que o menino foi trancado no banheiro e abusado pelos colegas, além de ser agredido.
A direção da escola contou para a polícia que a monitora que acompanha o aluno por ele ter “necessidades especiais” não percebeu mudanças no comportamento dele. A escola teria ido até a casa da família para uma reunião.
Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, as crianças suspeitas do crime confirmaram que estupraram o garoto e que o agrediram logo após o recreio.
A Secretaria Municipal de Educação informou que “tão logo tomou conhecimento da denúncia, a direção da Escola Municipal Elói Eraldo Lima reuniu-se com os pais do estudante agredido e dos alunos agressores. O caso foi encaminhado para o Conselho Tutelar, que seguirá acompanhando, dentro de sua competência legal, prestando todo suporte necessário”.