Mulher que matou a própria filha após o parto é condenada a 2 anos e 9 meses de prisão
Foi condenada a dois anos e nove meses de prisão a mulher acusada de matar a própria filha logo após o parto e jogar o corpo em uma caçamba, no Barreiro, em março de 2020. O julgamento aconteceu nesta terça-feira (06), e o Conselho de Sentença, formado por cinco homens e duas mulheres, considerou a ré culpada pelo crime de infanticídio, previsto no artigo 123 do Código Penal.
O infanticídio ocorre quando a mãe mata seu filho durante ou logo após o parto, sob influência do puerpério. A pena prevista para esse crime é de dois a seis anos de detenção. Além disso, a mulher também foi condenada por ocultação de cadáver, recebendo uma pena adicional de oito meses de reclusão.
Durante seu interrogatório, a ré alegou não ter sofrido um surto ou depressão e afirmou que não se lembra do que aconteceu. Segundo ela, só descobriu o crime após ser presa. No entanto, de acordo com a denúncia, a mulher, hoje com 37 anos, escondeu a gravidez do companheiro e planejou realizar o parto sozinha. Após dar à luz, teria agredido a recém-nascida e deixado o corpo dentro de uma caixa de sapatos, na rua, sem demonstrar arrependimento.
Moradores da região encontraram a bebê enrolada em uma sacola e acionaram a polícia. A criança chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu antes de chegar à UPA Barreiro.
A juíza Fabiana Cardoso Gomes Ferreira estipulou a pena definitiva de dois anos e nove meses em regime aberto, levando em consideração a decisão do Conselho de Sentença e o atenuante da confissão espontânea.
