Com proposta original, grupo Forrofônico será lançado em Belo Horizonte no mês de junho
Depois de ensaiar uma estreia nos palcos mineiros em 2019, interrompida pela pandemia, o grupo Forrofônico retoma a sua formação e volta aos palcos em junho deste ano, com uma série de shows em Belo Horizonte.
Criado em Minas com a proposta de abrir outras perspectivas para releituras de clássicos do forró, o Forrofônico traz uma característica inusitada – seus integrantes têm formação na música clássica, a maior parte deles integra a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais. Para executar as músicas deste tradicional e popular ritmo brasileiro, o violino, o violoncelo, o contrabaixo e a viola se juntam ao acordeom e aos instrumentos de percussão, gerando um som rico e original.
A banda é integrada por Greyce Ornellas (voz), Sérgio Saraiva (acordeom), Aluizio Brant e Rosinei Barbosa (percussão), Ravel Lanza (1º violino), Leise Renhe (2º violino), Aristóteles Medeiros (viola), Vanilce Rezende (violoncelo) e Sérgio Rabello (contrabaixo).
Sobre a ideia de criar o Forrofônico, o líder da banda, o sanfoneiro Sérgio Saraiva, lembra que o objetivo é trabalhar com música brasileira de caráter dançante, como o baião, o xaxado, o xote e o próprio forró. “Fomos adaptando arranjos, buscando uma sonoridade diferenciada sem alterar muito a estrutura original das músicas, que são clássicos populares. Foi nesse cenário que surgiu o Forrofônico, de uma grande brincadeira entre músicos clássicos.”
Um diferencial do Forrofônico é o trabalho do arranjador Fred Natalino, trazendo ícones do cancioneiro popular totalmente reformulados, com arranjos inusitados que não tiraram a essência das músicas. Trenzinho do Caipira, de Heitor Villa-Lobos, por exemplo, apresenta uma releitura com uma levada mais dançante, sem perder a beleza da melodia original. Outro destaque do grupo é a sonoridade, com diálogos entre os instrumentos de cordas da orquestra e o tradicional trio de forró, sanfona, zabumba e triângulo.
No repertório, a banda apresenta outras canções consagradas como Asa Branca (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira) Assum Preto (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira) Xote das Meninas (Luiz Gonzaga) Feira de Mangaio (Sivuca), Forró pesado (Trio Nordestino), Morena Bonita (Toninho Horta), Cajuína (Caetano Veloso), entre outros sucessos da tradicional música nordestina. E uma pitada de Clube da Esquina com O Trem tá feio (Tavinho Moura e Murilo Antunes), Baião Barroco (Juarez Moreira), Notícias do Brasil e Caxangá (Milton Nascimento e Fernando Brant).